Instituição por Cristo: A prática da confissão sacramental foi instituída pelo próprio Jesus Cristo. No Evangelho de João (20:21-23), após Sua ressurreição, Jesus aparece aos Seus apóstolos e lhes diz: "Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos." Este texto é interpretado pela Igreja como a concessão do poder de perdoar pecados aos apóstolos e, por extensão, aos seus sucessores, os bispos e padres.
Poder das Chaves: Em Mateus 16:19, Jesus diz a Pedro: "Eu te darei as chaves do Reino dos céus; tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus." Este "poder das chaves" é entendido como a autoridade para perdoar pecados, que é transmitida aos sacerdotes.
Ministério da Reconciliação: Os padres agem in persona Christi, ou seja, na pessoa de Cristo, especialmente quando administram os sacramentos. Quando um católico confessa seus pecados a um padre, é como se ele estivesse confessando diretamente a Cristo. O padre, como representante de Cristo e da Igreja, tem o papel de ouvir a confissão, oferecer orientação espiritual e absolver os pecados em nome de Cristo.
Reconciliação com a Comunidade: O pecado não só afeta a relação do indivíduo com Deus, mas também com a comunidade eclesial. Confessar a um padre tem um aspecto comunitário, pois o padre representa tanto Cristo quanto a Igreja. A confissão sacramental ajuda a restaurar a comunhão do penitente com Deus e com a Igreja.
Humildade e Arrependimento: Confessar os pecados a um padre exige humildade e um verdadeiro espírito de arrependimento. Este ato de humildade ajuda a penitente a reconhecer a gravidade do pecado, a necessidade de perdão e a graça de Deus operando através dos sacramentos.
Consciência do Pecado: A confissão sacramental ajuda a pessoa a refletir sobre suas ações e a tomar consciência dos seus pecados. Este exame de consciência regular é um meio eficaz de crescimento espiritual e moral.