Vamos hoje conhcer os dois ultimos colcilios e sua importante influencia
Lutero, como muitos já sabem, era um monge católico profundamente indignado com algumas práticas da Igreja da sua época, como a venda de indulgências e as missas pagas. Ele acreditava que a salvação vinha apenas pela fé, e não pelas obras. Essa interpretação o levou a romper com a doutrina tradicional da Igreja, especialmente em relação à Eucaristia. Lutero acreditava que a presença de Cristo no pão e no vinho não era objetiva, mas sim fruto da fé dos fiéis. Isso foi uma das maiores mudanças que ele propôs.
Por outro lado, o Concílio Vaticano II, séculos depois, trouxe transformações significativas, mas com um foco completamente diferente. Enquanto Lutero se distanciou da Igreja, o Vaticano II buscou aproximar ainda mais os fiéis da celebração e do mistério da salvação. Uma das mudanças mais notáveis foi o uso das línguas locais – as chamadas línguas vernáculas – nas Missas. Isso permitiu que os fiéis compreendessem melhor o que estava sendo dito e se envolvessem de maneira mais efetiva e ativa na liturgia.
Antes, a Missa era predominantemente em latim, e a participação dos fiéis muitas vezes se restringia a uma contemplação silenciosa. Com as mudanças, a intenção era que todos pudessem não apenas assistir, mas participar ativamente do sacrifício e da celebração eucarística. A Missa, que sempre foi o centro da nossa fé, manteve sua essência de sacrifício de Cristo, mas passou a ser uma liturgia mais próxima, mais acessível e mais conectada com a realidade dos fiéis.
Essa transição não foi para diminuir a reverência ou o mistério da Eucaristia, mas para fortalecer a conexão dos fiéis com esse mistério. O Concílio Vaticano II trouxe uma reforma que visava conectar a Igreja ao mundo moderno e fazer com que a participação dos fiéis fosse mais intensa, mais viva e mais consciente.
Vale destacar que, mesmo com essas mudanças, a essência da Missa permaneceu a mesma: o sacrifício de Cristo e a celebração do mistério da nossa redenção. A fé e a reverência continuam intactas, mas agora com uma maior proximidade entre o altar e o povo.
Essas transformações históricas, desde Lutero até o Concílio Vaticano II, moldaram a maneira como vivemos e celebramos nossa fé hoje. Espero que essa reflexão ajude vocês a entenderem melhor a importância dessas mudanças e a maneira como elas nos convidam a participar mais profundamente da vida litúrgica e espiritual da Igreja.