Dando sequência ao nosso curso sobre a Santa Missa, vamos agora ver a segunda parte da liturgia daMissa, que é a Liturgia Eucarística. Já vimos a primeira parte, que é a Liturgia da Palavra.
A Liturgia Eucarística começa com uma oração muito bonita para a colocação do pão no altar que é a seguinte: “Bendito sejais, Senhor Deus do universo, pelo pão que recebemos de tua generosidade e agora vos apresentamos; ele será para nós o pão da vida.” Geralmente, o padre faz essa oração em silêncio, mas em algumas ocasiões ele pode recitá-la em voz alta. Após isso, o pão é colocado sobre o altar. Antes de colocar o vinho, o padre adiciona uma gotinha de água, simbolizando a nossa humanidade unida à divindade de Cristo, neste momento ele reza: "Pela água e pelo vinho, possamos compartilhar da divindade de Cristo, que assumiu nossa humanidade."
Outro gesto significativo ocorre quando o padre lava as mãos, como um sinal de purificação para celebrar dignamente o mistério. Ele reza: “Lavai-me, Senhor, da minha iniquidade e purificai o meu pecado.” Com o altar preparado, o padre reza sobre as oferendas: “Aceitai, Senhor, estas oferendas que vos apresentamos e transformai-as no sacramento da nossa salvação.” Assim, a preparação do altar está concluída e entramos na Liturgia Eucarística propriamente dita.
A Epíclese é o momento em que o padre invoca o Espírito Santo sobre as oferendas, para que elas se transformem no Corpo e Sangue de Cristo. Em seguida, ele recita as palavras da Consagração, trazendo o mistério do Calvário para o altar. No momento da Consagração, o Calvário se torna presente: o pão e o vinho já não são mais pão e vinho, mas o Corpo e Sangue de Cristo.
É como se estivéssemos no Calvário, onde Cristo oferecia súplicas e ação de graças pela nossa salvação. Em cada Missa, o sacrifício de Cristo no Calvário é atualizado, não porque Jesus sofra novamente, mas porque Ele se faz presente em nosso meio, oferecendo o mesmo sacrifício ao Pai intercedendo por nós.
Após a Consagração, a assembleia proclama a aclamação: “Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa vinda.” Então, o padre dá continuidade à Liturgia Eucarística com a oração de anamnese, recordando a morte e ressurreição de Cristo. A oração diz: “Celebrando, pois, o memorial da morte e ressurreição do vosso Filho, nós vos oferecemos, ó Pai, o pão da vida e o cálice da salvação.”
Em seguida, o padre invoca o Espírito Santo para que una toda a assembleia em um só corpo, e a comunidade responde: “O Espírito nos una num só corpo.” As orações de intercessão então começam: o padre reza pela Igreja, dizendo: “Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja, que se faz presente pelo mundo inteiro.” Ele também reza pelo Papa, pelo bispo local e por todos os fiéis.
O padre, em seguida, reza pelas almas dos falecidos, oferecendo o sacrifício e pedindo pela luz eterna para elas. Este é um momento importante para os fiéis também rezarem pelos seus entes queridos falecidos.
Ao final da oração eucarística, o padr eleva o Corpo e o Sangue de Cristo, e a assembleia responde com o “Amém” solene, que sela nossa participação no sacrifício de Cristo. Após isso, o padre reza a Oração do Pai-Nosso, fazendo uma exortação inicial: “Guiados pelo Espírito de Jesus e iluminados pela sabedoria do Evangelho, ousamos dizer: Pai Nosso…” ao final do Pai Nosso não se diz amém, pois neste momento a oração do Pai Nosso está dentro do Rito da Comunhão.
Na preparação para a Comunhão, ocorre a Fração do Pão, onde o padre parte a hóstia, representando a ressurreição de Cristo. Em seguida, a oração do Centurião Romano, expressa em: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo,” é proclamada pela assembleia.
Depois acontece a comunhão Eucaristica que deve ser feita com estrema piedade.