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Continuando o nosso estudo sobre os 4 temperamentos, nesta aula veremos como identificar essas divisões fundamentais e começar a reconhecer o nosso próprio temperamento. Antes de mais nada, vamos pedir o auxílio da graça de Deus, invocando o Espírito Santo para que Ele nos inspire em cada palavra e abra os nossos corações ao que será ensinado. Pedimos também a proteção da Virgem Santíssima. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Por que 4 temperamentos?
Os temperamentos são divididos em quatro tipos, e para descobri-los é necessário responder a duas perguntas fundamentais:
1. Qual a força da sua reação? Ela é rápida ou lenta?
2. Quanto tempo essa reação permanece em você? É longa ou curta?
A partir dessas duas perguntas, conseguimos compreender as diferenças e semelhanças entre os temperamentos. É importante ressaltar que esses traços não são absolutos. Cada pessoa possui características predominantes de um temperamento, mas também apresenta traços menores de outros.
A primeira pergunta: a força da reação
A força da reação diz respeito à forma como respondemos a um acontecimento:
• Se sua reação for rápida, você se encaixa no sanguíneo ou no colérico.
• Se sua reação for lenta, você está mais próximo do melancólico ou do fleumático.
Exemplo prático:
Imagine um incidente no trânsito: você está dirigindo e um carro corta a sua frente.
• O sanguíneo reage imediatamente, grita, reclama, mas esquece tudo rapidamente.
• O colérico também reage rápido, mas fica indignado por um longo tempo, comentando sobre o ocorrido com várias pessoas.
• O melancólico reage devagar, fica pensativo, mas guarda a frustração por muito tempo.
• O fleumático, por sua vez, quase não reage. Observa o acontecimento, segue em frente e rapidamente deixa isso para trás.
A segunda pergunta: a durabilidade da reação
Após identificar a força da reação, analisamos o tempo que ela permanece em você:
• Sanguíneo: Reage rápido, mas esquece rápido.
• Colérico: Reage rápido e a emoção persiste por muito tempo.
• Melancólico: Reage lentamente, mas guarda os sentimentos por um longo período.
• Fleumático: Reage lentamente e, logo depois, deixa tudo para trás.
Combinando os traços dos temperamentos
Existem combinações possíveis entre os temperamentos, como:
• Sanguíneo-colérico: Reage rápido e demonstra uma energia persistente em algumas situações.
• Colérico-melancólico: Intensidade emocional com tendência a guardar ressentimentos por mais tempo.
Por outro lado, algumas combinações são impossíveis, como:
• Sanguíneo-melancólico: As características são opostas; um reage rápido e esquece logo, enquanto o outro reage lentamente e guarda por muito tempo.
A importância do temperamento predominante
É essencial entender que ninguém é exclusivamente de um único temperamento. Todos possuem traços dos quatro, mas um deles será predominante na maioria das situações.
Como identificar?
Observe como você reage na maioria das circunstâncias:
• Se, em 10 situações, você reage rápido em 8 delas, é provável que tenha um temperamento sanguíneo ou colérico predominante.
• Se reage devagar e demonstra constância emocional, pode ser melancólico ou fleumático.
Educar o temperamento, não sufocá-lo
Descobrir o seu temperamento é o primeiro passo para trabalhar suas virtudes e superar suas fraquezas. Isso não significa eliminar as características do seu temperamento, mas moldá-las.
Exemplo:
Eu, sendo de temperamento sanguíneo, tenho facilidade para falar e sou muito comunicativo. Esse é um ponto positivo que deve ser potencializado. No entanto, como sanguíneo, também posso ser inconstante e disperso. Essa é uma fraqueza que precisa ser educada. O objetivo é encontrar equilíbrio, como quem doma um cavalo: não podemos sufocar sua força, mas sim direcioná-la.
Nas próximas aulas, exploraremos cada temperamento em detalhes, analisando suas características, desafios e virtudes. Também veremos como aplicar esse conhecimento nos relacionamentos familiares, no casamento e na educação dos filhos.
Que Deus abençoe a sua caminhada de autoconhecimento e formação. Até a próxima aula!